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Anarquia ou Barbarie

~ A anarquia é a percepção ecológica da sociedade, é o entender a participação livre de cada membro da coletividade como fundamental para a existência, para o exercício da verdadeira cidadania que é viver na coletividade respeitando a diversidade. Anarquia é coletivamente sermos o poder, é todos nós decidirmos em conjunto, de forma horizontal o que fazermos em nossas vidas e em nossos bairros, cidades….

Anarquia ou Barbarie

Arquivos Diários: 07/08/2015

Quando a Não-Violência é Suicídio

07 sexta-feira ago 2015

Posted by litatah in Sem categoria

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Fonte: AnarcoPrimitivismo, janeiro 2011
PorTed Kaczynski
É Outono de 2025 d.C.. O sistema tecno-industrial desintegrou-se à um ano, mas você e os seus amigos estão indo bem. O seu jardim floresceu no último Verão e na sua cabana você tem um bom suprimento de vegetais secos, feijões secos e outros alimentos que irão te sustentar durante o Inverno que está a chegar. Neste momento você está a colher as suas batatas. Você e os seus amigos pegam com as suas pás uma batata após a outra pelas raízes, e retiram os tubérculos do solo.

De repente o seu amigo te chama a atenção e você dá uma olhada. Oh-oh. Um gangue de homens com  cara de poucos amigos está vindo na sua direcção. Eles têm armas de fogo. Eles vão dar problemas, mas você fica firme no seu lugar. O líder do gangue chega até você e diz:

“Você tem umas batatas boas aí”.
“É”, você responde. “Elas são umas batatas boas”.
“Nós vamos levá-las” diz o líder do gangue.
“Até parece!” você responde. “Nós trabalhamos duro durante um longo Verão cultivando estas batatas…”.

O líder do gangue aponta a arma à sua cara e diz, “Foda-se, otário”. E ele diz aos seus homens, “Dick, Ziggy, dêem uma olhada na cabana e vejam que tipo de comida eles têm. Talvez possamos até nos mudarmos para cá e passar o inverno aqui. Mick, pegue aquela vadia ali antes que ela fuja. Ela tem um cu bom. Nós todos vamos foder com ela hoje à noite”.

Você fica furioso e começa a gritar, “Seu canalha! Você não pode…”
E arma faz BANG. Você está morto.
* * * * * * * * * *
* * *

A não-violência funciona apenas quando você tem a polícia para te proteger. Na ausência de protecção policial, a não-violência é praticamente o mesmo que suicídio.

É claro que isso não é sempre verdade em todas as épocas e lugares. Entre os Pigmeus Africanos, como descrito por Colin Turnbull, a violência mortal contra humanos era praticamente desconhecida. Em outras sociedades nómadas caçadoras e colectoras as pessoas algumas vezes matam-se umas as outras em lutas, mas elas nunca conquistam o território do outro ou tribos sistematicamente. Sob estas condições, a não-violência não é inconsistente com a sobrevivência.

Mas, realisticamente falando, estas não são as condições que irão prevalecer se e quando o sistema tecno-industrial entrar em colapso. Existem muitas pessoas más por aí: Nazis, Hell’s Angels (gangue de motoqueiros), membros do Ku Klux Klan, a máfia…muitos outros que não pertencem a grupos reconhecidos. Eles não vão desaparecer no ar quando o sistema se desintegrar. Eles ainda estarão por aí. Provavelmente não vão ser bem-sucedidos ao tentarem cultivar os seus próprios alimentos mesmo que tentem e eles não vão tentar porque pessoas desse tipo vão achar muito mais apropriado pegar a comida dos outros invés de cultivar a sua própria. E já que eles são maus, eles podem te matar ou te estuprar apenas pelo prazer disso, mesmo quando eles não precisarem da sua comida.

Também, muitas pessoas comuns, que sob as condições actuais são pacíficas e dóceis, podem tornar-se más quando ficam desesperadas por comida ou por boas terras agrícolas para plantar. A escassez de alimento pode não ser crítica nas chamadas áreas “atrasadas” do mundo onde os camponeses ainda são relativamente auto-suficientes, mas nos países industrializados, onde a agricultura é completamente dependente em pesticidas, fertilizantes químicos e combustível para tractores (entre outras coisas), e nos quais poucas pessoas possuem a habilidade de cultivar o seu próprio alimento com eficiência, a escassez de alimento com certeza será grave quando o sistema entrar em colapso.

Vamos até mesmo assumir, apenas para argumento, que os países industrializados possuam terra arável o suficiente para que todas as pessoas, em teoria, sejam capazes de cultivar o seu próprio alimento por métodos primitivos. Na ausência de um governo em funcionamento, não haverá meios de distribuir os habitantes das cidades pelas áreas rurais e designar sistematicamente cada pedaço de terra para uma família. Em consequência disso, haverá caos e confusão. Algumas pessoas irão tentar apropriar-se do maior número ou das melhores terras para elas mesmas, outras irão opor-se a elas e lutas mortais irão acontecer. Grupos armados irão se organizar para sua própria protecção ou para propósitos agressivos. Se você quer sobreviver ao colapso deste sistema, é melhor que você esteja armado e preparado para usar a sua arma com eficácia. Isso significa estar preparado psicologicamente como também fisicamente.

Estar armado e preparado para lutar em autodefesa será não somente a condição necessária para a sua própria sobrevivência, mas será também o seu dever. Os Nazis, Hell’s Angels e os membros do Klu Klux Klan não serão os inimigos mais perigosos da liberdade. Pelo facto destas pessoas serem ingovernáveis, turbulentas e foras-da-lei, é improvável que eles criem organizações grandes e eficientes. Muito mais perigosas serão aquelas pessoas que vêm da espinha dorsal do sistema actual, as pessoas que estão adaptadas à vida em organizações disciplinadas: os tipos burgueses – os engenheiros, executivos, burocratas, oficiais militares, algumas polícias e assim por diante. Estas pessoas estarão ansiosas para restabelecer a ordem, a organização e o sistema tecnológico o mais rápido possível. Os seus métodos serão menos rudimentares do que os dos Nazis e os dos gangues de motoqueiros mas eles não hesitarão em usar a força e violência quando for necessário para atingirem os seus objectivos. Você DEVE estar preparado para se defender fisicamente contra estas pessoas.

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