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Anarquia ou Barbarie

~ A anarquia é a percepção ecológica da sociedade, é o entender a participação livre de cada membro da coletividade como fundamental para a existência, para o exercício da verdadeira cidadania que é viver na coletividade respeitando a diversidade. Anarquia é coletivamente sermos o poder, é todos nós decidirmos em conjunto, de forma horizontal o que fazermos em nossas vidas e em nossos bairros, cidades….

Anarquia ou Barbarie

Arquivos de Categoria: Rafael Braga

(ARTIGO) O grito que vem da favela: Ninguém falará por nós!

26 terça-feira jan 2016

Posted by litatah in Antirracismo, Bandeiras de Luta, Black Block, Comunicação, Comunicação Libertária, direitos, Guerra às Drogas, Mártires da Luta, Mídia Contra Hegemônica, Militarização das periferias, Mobilidade Urbana, Mobilização Quilombola, Moradia, Notícias, Entrevistas, Atos, Manifestos, Organização de base, Organizações Anarquistas, Periferias e Favelas, Perseguição política, Prática, Presos Políticos, Presos políticos, Questão racial, Quilombolas, Racismo, Racismo ambiental, Rafael Braga, Rede de Informações Anarquistas - R.I.A, Rede de Informações Anarquistas - R.I.A, Repressão, Revolta Popular, Todo Apoio aos 23, Violência

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favela, favelados, guerra aos pobres, movimentos sociais, pobres, pretos, racismo, repressão, UPP, violência

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Fonte: Rede de Informações Anarquistas – RIA

Há aproximadamente 700 favelas no Rio de Janeiro, são mais de 100 anos de resistência, mais de um século de uma história contada por grandes mudanças, lutas, conquistas e organização. A criminalização da pobreza já existia desde o surgimento da favela, muitas delas passaram pelas remoções, a polícia já perseguia e olhava para as pessoas que habitavam a favela como criminosas, os jornais da época também tratavam o lugar e a população como ‘feio’, ‘invasor’, ‘violento’, ‘sujo’, ‘sem estudos’ etc.

Depoimentos e práticas atuais dos governantes e de toda a sociedade fazem mostrar que tais atitudes e argumentos não mudaram. As favelas continuam sendo criminalizadas, invadidas, alteradas, transformadas por forças vindas de cima para baixo. Atualmente, inúmeras favelas localizadas na cidade do Rio estão há mais de cinco anos sofrendo com grandes transformações em seus espaços, seja com as remoções forçadas, ou com as invasões das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). Sendo estas ações comandadas pelos próprios governantes.

Em 2010, 119 favelas foram parar na lista das remoções para dar lugar às vias expressas e a grandes obras. Metade delas já sumiram do mapa. Aproximadamente 50 favelas estão hoje sofrendo com as UPPs. Tudo isto porque o Rio passou a ser palco dos megaeventos, a Copa do Mundo, que ocorreu em 2014, e a Olimpíada, em 2016.

Diante dos fatos que são históricos, como colocar em debate de que a favela é cidade? Quais os desafios de se defender e entender a identidade favelada quando se tem uma sociedade toda que criminaliza, afasta, mata, extermina este espaço que tem historicamente raça, é o povo negro, indígena e oriundos dos estados do nordeste do país, e que pertence a uma determinada classe? Como argumentar dentro do lugar chamado favela que a cultura favelada deve ser valorizada, permanecida, continuada, praticada, passada de geração para geração?

Toda a cultura da vida favelada é criminalizada: os ensinamentos, a religião, as vestes, a forma de falar, de se comportar, a música, a construção das casas, da vida, do dia a dia. Como praticar a defesa deste local sem o discurso de ódio à outras classes e tendo como base de que este é um lugar comum, comunitário, onde tudo se aprende em comunidade e que tais exemplos devem ser passados para toda a sociedade?

Mas como passar para toda a sociedade esta grandeza de vida comunitária? Como argumentar dentro e fora sobre esta tal vida alternativa que se sustenta há mais de um século com muita resistência diante de tantos problemas internos e preconceitos externos e também internos? Como e por que deve-se mostrar a outras favelas que nós somos comuns, independente da favela em que moramos, já que nossas realidades são iguais? Como argumentar o sentindo da vida comunitária para outros movimentos sociais, que durante anos ignorou a vida favelada?

Essas são perguntas que uma pessoa não é capaz de responder, ou uma dita acadêmica/acadêmico estudioso de favelas ou de outras áreas, nem mesmo grupos podem saber as respostas. Nenhum discurso de ódio também é capaz de dar respostas, as únicas pessoas que têm legitimidade e podem responder essas perguntas são aquelas que nasceram nas favelas e vivem cotidianamente a sua realidade e resistência, sendo elas negras, brancas, indígenas, mulheres ou homens, pois todos são atravessados pela pobreza que é fruto da desigualdade do sistema capitalista.

São respostas que não serão dadas do dia para o outro, são respostas que a própria prática diária vai mostrar. Os fatos históricos mostram que durante anos e anos estes lugares foram e são criminalizados. No entanto, é preciso conhecer a história para dar continuidade a esta grande sobrevivência comunitária. Ou seja, só quem pode responder essas perguntas é a favela, pois ela é o todo de um grande mundo de diversidades que ali nasceram e nascem; cresceram e crescem; resistem e existem.

De: Carolina favelada
“Eu denomino que a favela é o quarto de despejo de uma cidade. Nós, os pobres, somos os trastes velhos”, estes são relatos de Carolina Maria de Jesus, ela nasceu em 1914, Minas Gerais. De família pobre, esta mulher negra e favelada passou a vida resistindo, sobrevivendo, criando sozinha os seus filhos. Eu, moradora de uma das maiores favelas do Rio de Janeiro, comunicadora favelada, me identifico com cada frase, livro desta grande mulher negra e favelada chamada Carolina, pois seus escritos são nada menos do que a sua própria realidade. Habitar este espaço chamado favela é sinônimo de muita resistência, cultura, alegria, misturados a grandes desafios por causa da falta de direitos, um deles, o direito à vida. No entanto, é preciso que nós, favelados, coloquemos para além dos muros das favelas, a nossa própria história!

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OS ESTADOS EM NOME DA “SEGURANÇA” ESTÃO A VIOLAR AS LIBERDADES INDIVIDUAIS E COLECTIVAS

14 quinta-feira jan 2016

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estado repressor, internacionais, internacional anarquista, perseguição internacional, repressão, repressão internacional, repressão na Europa, repressão política

Three policemen man-handle one political activist during a protest in Baku, Azerbaijan, 12 March 2011.

Fonte: Portal Anarquista

A pretexto do “terrorismo islâmico” os estados europeus estão a reforçar cada vez mais as medidas repressivas e punitivas, impedindo ou impondo severas restrições à liberdade de circulação, de concentração e de manifestação dos cidadãos. Tem sido assim em França com denúncias, cada vez mais alargadas a diversos sectores, de que as liberdades individuais e colectivas estão a ser constantemente postas em causa em nome de uma suposta segurança.

Também em Portugal isso tem acontecido, apesar do papel periférico do país no contexto dos grandes problemas internacionais. Ainda há poucos dias a guilhotina.infodenunciava o reforço policial e a identificação de cidadãos em pleno centro de Lisboa.

Ontem à noite o mesmo aconteceu em Madrid, outros dos países que está a ser transformado num verdadeiro Estado policial. Os madrilenos gostam de comemorar a “noche vieja”, a última noite do ano (de 30 para 31 de Dezembro). juntando-se na Plaza del Sol – onde se têm realizado centenas de manifestações e onde teve lugar a acampada resultante do 15M -, em família ou em grupos de amigos, de copo na mão e muita alegria.

Este ano, ao principio da noite, a Praça foi cercada pela polícia e quem ali estava empurrado para fora, após o que as forças policiais montaram barreiras de acesso, permitindo apenas a entrada nalguns locais, onde todos os que queriam aceder à Praça eram revistados e a quem podiam ser pedidos os documentos de identificação.

Com uma presença policial massiva, a incomodidade foi enorme. Alegadamente em nome da “segurança”. Mas a “segurança” ali montada, do mesmo género daquela que é feita à entrada dos campos de futebol, para além do seu exibicionismo, não conseguiria travar qualquer operação “terrorista” se algum grupo bem preparado a quisesse levar a cabo (aliás, a operação policial, que hoje se vai repetir, tinha sido anunciada na comunicação social).

Do que se trata não é de qualquer “operação de segurança”, mas de, ao arrepio das liberdades individuais e colectivas, os estados estarem-se a reforçar repressivamente, impondo cada vez mais a lei do “quero, posso e mando” em detrimento do respeito pelas conquistas de cidadania que nos devem permitir circular, concentrar e manifestar nas principais ruas das cidade europeias – hoje, “em nosso nome” e por “motivos de segurança” transformadas em verdadeiros baluartes repressivos, policiadas ao milímetro, com uma grande ostentação de viaturas policiais, homens e outros meios de intimidação.

Esta tem sido a grande tónica do ano que agora acaba e será também a do ano que começa. E contra ela teremos que juntar todas as nossas forças, não abdicando em momento nenhum dos nossos direitos de cidadania e de circulação.

 

 

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A insurreição invisível: uma interpretação anti-governista da rebelião de 2013/14 no Brasil[1]

02 sexta-feira out 2015

Posted by litatah in #contratarifa, Análise de Conjuntura, Partidos, Institucionalidade,, Anti Civilização, Anti Consumismo, Anti Fascismo, Anti Homofobia, Anti Machismo, Anti Misoginia, Anti Transfobia, Antirracismo, Aquecimento global - Mudanças climáticas, Bandeiras de Luta, Black Block, Camila Jourdan, Contra barragens, Decrescimento, Ecofeminismo, Feminismo e Transfeminismo, Feminismo intersecional, Gentrificação, Greve, Guerra às Drogas, Jornadas de Junho, Libertação animal, Manifestações, Mártires da Luta, Militarização das periferias, Mobilidade Urbana, Moradia, Organização de base, pós-capitalismo, Periferias e Favelas, Perseguição política, Perseguição política a anarquistas, Prática, Presos Políticos, Presos políticos, Rafael Braga, Remoções, Repressão, Teoria, Todo Apoio aos 23, Violência, ZAD- Zonas a Defender

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Fonte: Núcleo de Estudos do Poder

Por Wallace dos Santos de Moraes, Camila Rodrigues Jourdan e Andrey Cordeiro Ferreira

Apresentamos aqui um texto escrito em resposta ao texto de André SINGER, publicado com o título   Rebellion in Brazil, na revista New Left Review (2014, vol.85, pp 19-37). O texto formula uma crítica do modo como as ciências sociais brasileiras em seus paradigmas hegemônicos tentam invisibilizar as ações de resistência e o significado da insurreição de 2013.

Comentando sobre os protestos na Turquia, Slavoj Zizek disse o seguinte:

“A luta pela interpretação dos protestos não é apenas ‘epistemológica’; a luta dos jornalistas e teóricos sobre o verdadeiro teor dos protestos é também uma luta ‘ontológica’, que diz respeito à coisa em si, que ocorre no centro dos próprios protestos. Há uma batalha acontecendo dentro dos protestos sobre o que eles próprios representam”(…).

Igualmente, no Brasil, há uma grande disputa entre as narrativas sobre o levante popular de 2013. Por razões ideológicas e político-eleitorais, diversos intelectuais participam de uma querela sobre os motivos da revolta de junho de 2013, bem como suas características. Buscaremos contrapor a análise de André Singer, publicada nessa revista, por omitir fatos fundamentais ocorridos entre 2013 e 2014 e, por consequência, induzir o leitor a uma interpretação equivocada dos acontecimentos. Podemos adiantar que a leitura de Singer buscou por todas as maneiras blindar a administração do Partido dos Trabalhadores (PT), perante a enorme insatisfação popular que explodiu no país no que estamos chamando de levante ou insurreição popular. O autor colabora para uma visão idílica do governo petista para fora do país, amparado em números que não encontram fundamento nas condições materiais de existência da classe e dos movimentos sociais e populares em geral.

Leia aqui o texto completo A insurreição invisível

 

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[Bielorrússia] Ihar Alinevich, Mikalai Dziadok e Artsiom Prakapenko são libertados

16 quarta-feira set 2015

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Fonte: A.N.A.

Neste sábado, 22 de agosto, o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, decidiu indultar e libertar os 6 presos políticos no país. Isso inclui os anarquistas Ihar Alinevich, Mikalai Dziadok e Artsiom Prakapenko.

Eles eram considerados os últimos presos políticos na ex-república soviética, cujo governo é acusado com frequência de autoritarismo.

Lukashenko, no poder desde 1994, é considerado por muitos analistas e defensores dos direitos humanos um governante autoritário e pouco respeitoso das liberdades civis.

Mais infos: abc-belarus.org

agência de notícias anarquistas-ana

uma folha salta
o velho lago
pisca o olho

Alonso Alvare

 

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[Grécia] Duas palavras sobre o Fundo Solidário da União Sindical Libertária de Atenas

03 quinta-feira set 2015

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23 presos, anarcossindicalismo, anarquismo na grécia, Fundo Solidário da União Sindical Libertária (ESE) de Atenas, Fundo Solidário estável, grécia, Iniciativa Anarcossindicalista da Sérvia, manifestantes presos, perseguição, perseguição do estado, perseguição internacional, perseguição política, perseguição política a anarquistas, presos, presos político, presos políticos, presos políticos internacionais, Syntagma

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Fonte: A.N.A.

Publicamos a seguir o texto que nos foi enviado pela União Sindical Libertária (ESE) de Atenas sobre seu Fundo Solidário.

Há cinco anos está em funcionamento o Fundo Solidário da União Sindical Libertária (ESE) de Atenas. A ideia de criar um Fundo Solidário estável surgiu quando em 31 de outubro de 2009 arrecadamos em um concerto 1060 euros para os gastos judiciais dos 6 membros da ASI (Iniciativa Anarcossindicalista da Sérvia) detidos e processados naquela ocasião. Em 15 de maio de 2010 arrecadamos mais 561 euros. Este foi o ponto de partida para a criação do Fundo Solidário.

Trata-se de um fundo utilizado para apoiar única e exclusivamente pessoas físicas, ou seja, trabalhadores, desempregados e imigrantes que se encontram em situação de necessidade por terem sido despedidos, por estarem desempregados, por estarem enfermos ou terem sofrido um acidente ou por qualquer outro motivo de caráter social. Também utiliza-se para apoiar trabalhadores em greve ou em luta, como uma forma de apoiar suas mobilizações. As ajudas solidárias que normalmente se oferecem são de 200 euros. Não se faz colaborações a coletivos que encontram-se em luta (por exemplo, para gastos de propaganda). Este tipo de solidariedade é coberta pelos fundos regulares da ESE.

O Fundo Solidário é abastecido pelas contribuições sistemáticas realizadas por seus amigos e colaboradores, assim como das quotas pagas pelos membros da ESE Atenas e do dinheiro arrecadado com a edição da Agenda dos Trabalhadores da ESE e com diferentes atos realizados durante o ano.

As colaborações solidárias são realizadas após debater cada caso particular proposto na Assembleia Geral da ESE Atenas.

Desde maio de 2010 até 31 de julho de 2015 concedemos apoio que totalizaram 7952 euros. Entre as colaborações realizadas, cabe destacar as feitas a trabalhadores que se encontravam em luta ou em greve e as feitas em apoio a companheiros trabalhadores e imigrantes em resposta a um chamado público de solidariedade. Mencionamos os seguintes casos:

– para os trabalhadores em greve das confeitarias BLE em Tessalônica;

– para os trabalhadores em greve dos Altos Fornos da Grécia em Asprópirgos;

– para os trabalhadores em greve da PHONEMARKETING;

– para os trabalhadores da fábrica autogestionada VIO.ME. em Tessalônica;

– para apoiar os fundos grevistas do sindicato de trabalhadores do ensino médio (ELME) da zona ocidental de Atenas (Peristeri);

– para o companheiro Panos Bijos, que nos abandonou recentemente, em sua luta contra o câncer;

– para o Comitê de Solidariedade com os Presos Políticos da Turquia e do Kurdistão em apoio à companheira Eminé, refugiada política da Turquia que esteve vários meses nos cárceres da Grécia;

– para Gabriel A., golpeado em um olho durante a manifestação antifascista de Keratsini em setembro de 2013;

– para as trabalhadoras da limpeza do Ministério da Economia despedidas;

– para a Associação Sindical de Trabalhadores em Livrarias, Papelarias e Editoras do Governo Provincial de Ática (Atenas-Grécia) para os gastos judiciais da companheira despedida da livraria “Eurípides” em Jalandri;

– para os refugiados sírios;

– para os gastos judiciais da trabalhadora despedida do Café Musical de Nea Smyrni;

– para a Associação Sindical de Trabalhadores em Livrarias, Papelarias e Editoras do Governo Provincial de Ática (Atenas-Grécia) para os gastos judiciais dos detidos durante a greve do setor do livro que foi atacada pela polícia às portas da livraria IANOS;

– para os gastos judiciais da companheira despedida da ONG NOSTOS;

– para uma companheira despedida no setor da hotelaria;

– para o apoio econômico dos centros sociais que acolhem refugiados sírios em dois bairros de Atenas;

– como colaboração com os gastos de envio da roupa recolhida no Centro Social Aftonomo Steki para os refugiados do campo de internamento de imigrantes de Leros;

– para o imigrante egípcio Wallid que foi maltratado por seu empresário em Salamina;

– para o Fundo de Solidariedade com os Presos Políticos.

Também realizaram-se muitas outras contribuições econômicas que não foram divulgadas a trabalhadores e imigrantes, todas elas depois de serem propostos e discutidos os respectivos casos na assembleia da ESE Atenas.

Além do Fundo Solidário, ESE arrecadou dinheiro para a luta das trabalhadoras de limpeza, despedidas do Ministério da Economia. Venderam-se cupons emitidos pela coordenadoria de demitidas e assim arrecadaram-se 1783 euros.

Recentemente, ESE Atenas decidiu em assembleia prolongar o funcionamento do Fundo Solidário, fazendo um chamado para que os membros da ESE de outras localidades da Grécia e qualquer outro companheiro trabalhador interessado possa tornar-se sócio do fundo.

Como nem todos tem as mesmas possibilidades (há pessoas desempregadas, outras que trabalham em jornada parcial e outras que são estudantes), decidimos que há três cotas para os sócios do fundo: 15 euros, 30 euros e 60 euros. Cada um pode colaborar segundo suas possibilidades. Além disso, as colaborações podem ser realizadas em 2 ou 3 prazos. Em qualquer caso, entrega-se um recibo.

Convidamos todos os companheiros a contribuir para dar uma maior extensão e eficácia a nosso fundo. Ajudemos na medida do possível a arrecadar dinheiro, com a filiação de novos sócios, com atos públicos, com a distribuição de nossa agenda ou de qualquer outra forma. Esforcemo-nos para que todos e cada um de nós se envolva o quanto possível na tomada de decisões, com propostas para a distribuição das ajudas econômicas, para atos, etc. Nossa intenção é que haja assembleias abertas da ESE específicas para discutir tudo relativamente ao Fundo Solidário.

Somos conscientes de que as necessidades de solidariedade e apoio mútuo são muito grandes e aumentam continuamente. Somos conscientes também de que nosso fundo não pode cobrir todas estas necessidades e de que nosso apoio tem um caráter meramente simbólico. Mas apesar de todas as dificuldades, estamos decididos a continuar levando esta desigual batalha, ao mesmo tempo que as batalhas que levamos a cada dia nas diferentes frentes da luta de classes. Convidamos a todos os coletivos do movimento dos trabalhadores e social a que criem fundos solidários similares.

Apoie o Fundo Solidário da ESE Atenas. Tornando-se sócio do Fundo Solidário. Para isso podes entrar em contato com qualquer membro da ESE. Podes realizar tua colaboração ao Fundo Solidário também através da seguinte conta bancária:

Piraeus Bank

Número de conta: 5087-070937-715

IBAN: GR86 0172 0870 0050 8707 0937 715, BIC: PIRBGRAA

União Sindical Libertária de Atenas (ESE – Grécia)

Tel: 00306941507846

E-mail: ese-ath@espiv.net

O texto em inglês:

http://verba-volant.info/en/some-words-about-the-solidarity-fund-of-the-libertarian-syndicalist-union-of-athens/

O texto em castelhano:

http://verba-volant.info/es/dos-palabras-sobre-el-fondo-solidario-de-la-union-sindical-libertaria-de-atenas/

Tradução > Sol de Abril

agência de notícias anarquistas-ana

A folha se vai
embarca em qualquer som
rio abaixo.

Masatoshi Shiraishi

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O golpe em curso se chama “Ajuste Fiscal”

20 quinta-feira ago 2015

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mcp-1911

Fonte: Coletivo Anarquista Luta de Classe

Retirado de: https://www.facebook.com/FederacaoAnarquistaGaucha/posts/1057692934242264:0

Passe o que passe no andar de cima, a faca do ajuste nunca deixa de cortar na carne dos trabalhadores e setores populares. A recessão do país castiga, como sempre, as classes oprimidas. Corta direitos, salários e empregos e levam os serviços públicos à falência. Autoriza o saque do capitalismo de mercado sobre os bens púbicos e comuns, sobre a riqueza criada pelas sucessivas gerações de trabalhadores. “Administra” a pobreza pelos mecanismos criminais da justiça-polícia-prisão. Cria o sujeito indesejável, que perturba a segurança da ordem, o discurso punitivo que encarna o sentido comum do dia-a-dia e acomoda a banalização de uma guerra repressiva e genocida sobre negros e pobres, especialmente a juventude. Qualifica o bom e o mau protesto.

A briga desatada no palco do poder político passa longe do ajuste econômico e o Estado Penal. Em todos os cenários que podemos imaginar o sistema dominante trata de defender as medidas e as práticas de governo que empurram mais austeridade. Os trabalhadores brasileiros já estão pagando com o sacrifício dos sonhos e esperanças de dias melhores a farra financeira e criminal do capitalismo global. O fantasma das políticas miseráveis que castigam o povo grego, com desemprego em massa, arrocho salarial, perda de aposentadorias e demais direitos é um exemplo bem fresco.

Recessão e ajuste. O pacto social foi pro ralo.

O modelo que fez os ricos mais ricos e deu uma beirada de consumo, crédito e programas sociais para integrar os setores populares ao mercado já não tem mais vez. Só a indústria automotiva já demitiu 39 mil operários no primeiro semestre. A construção civil prevê 480 mil cortes de postos de trabalho durante o ano. O endividamento popular cresce e aperta o orçamento das famílias. A inflação criada pela subida dos preços administrados pelo Estado amplia a carestia de vida e corrói os salários. Não para por ai. O governo de Dilma e do PT condenou a juventude trabalhadora ao mexer nas regras do seguro-desemprego, esticando o tempo de trabalho para 18 meses. As burocracias sindicais arriaram uma bandeira histórica do movimento operário concertando com a indústria e o governo o programa de redução de jornada com redução salarial, o Pograma de Proteção ao Emprego (PPE), um plano de socorro dos patrões. Por sua vez, o lucro dos banqueiros tem recordes históricos às custas de uma dívida pública infame que arrocha investimentos na saúde, educação, moradia, etc.

No nível dos Estados e municípios a situação também é calamitosa. O achaque feroz da dívida pública, a sonegação e as insenções fiscais da patronal amordaçam o orçamento e os governos como no RS e em GO atacam o funcionalismo com congelamento e parcelamento de salários, corte de verbas sociais e planos de privatizações, concessões e extinção de órgãos e serviços públicos.

O pacto social que prometeu pela mão do desenvolvimento capitalista uma margem de melhorias sociais que chegassem na vida dos mais pobres fracassou. Com ele toda a narrativa triunfalista do crescimento que fez imaginário de uma pretensa prosperidade social fundada no sonho do consumo, no indivíduo flexível e “competitivo” ao gosto do mercado, na moral compensativa do trabalho precário e estafante, na privação dos espaços públicos e dos bens comuns em benefício de interesses especulativos. Quando as estruturas do poder e a riqueza ajustam o jogo todos sabemos onde é que a corda arrebenta.

A política como gestão dos controles do sistema.

De todos os lados a pressão ajoelha o governo do PT e o andar de cima cobra caro pela sobrevida. A rejeição cresce de pesquisa em pesquisa. A direita opositora se reagrupa pelo alinhamento de Eduardo Cunha com o PSDB, o DEM e os partidos que pulam do barco furado do governismo. Aparecem manobras judiciais pelo TCU e o TSE para criar uma situação política favorável ao impeachment ou empurrar a renúncia da presidente Dilma. Buscando jogar água nesse moinho, no último dia 16 de agosto mais uma vez o “antipetismo” foi às ruas por convocação de grupos liberais, conservadores e ultra-reacionários, ao que o governismo pretende contestar com a convocatória do dia 20 de agosto.

A operação Lava Jato, entre outros sentidos, tem reforçado a noção de uma solução judicial-repressiva para a crise. Juízes, promotores e agentes federais caídos nas graças da imprensa burguesa e das ruas. Políticos e altos burocratas do Estado e dos partidos na parede. Em menor medida, empresários graúdos figurando nos processos. Sem dúvidas ganha certa evidência um modus operanti que faz conexões entre as instituições políticas e o mundo corporativo empresarial. Mas há em tudo isso uma idéia sedutora, que faz vetor pro conservadorismo, de que a faxina deve ser feita pelos mesmos aparelhos de poder que punem implacavelmente a pobreza com as grades e o extermínio.

Em todos os casos, o sistema sempre reserva para si, bem longe dos mecanismos de participação popular, o direito de cortar cabeças seletivamente para não entregar o ouro. As redes de corrupção, sonegação e impunidade dos poderes políticos, econômicos e midiáticos são parte da estrutura, moeda corrente da representação burguesa. O que interessa ao andar de cima é deixar a política sempre no domínio privilegiado do parlamento, da justiça burguesa e/ou órgãos auxiliares. Normatizar os de baixo, quando muito, como eleitores.

Agenda de Renan e Levy. A ordem é arrumar uma saída pelo andar de cima.

A mão avarenta e fisiologista do PMDB, por conchavo das velhas raposas, segura, sabe-se lá por quanto tempo, o governismo na beira do precipício. Tudo tem seu preço. A arte de governar o país antes de tudo é a gestão estável dos interesses dos poderosos. As organizações patronais FIESP e FIRJAN além do Bradesco passaram o recado que querem, dentre todas as tramas para sair da crise política, um cenário que não toque no ajuste fiscal e na sua ofensiva sobre os direitos dos trabalhadores. Os editoriais de O Globo e Zero Hora assinam embaixo. Sangrar o governo Dilma e ajoelhar o PT até beijar os pés de quem pode mais agrada os senhores que não pretendem deixar o problema para a imprevisibilidade das ruas.

Nessa perspectiva, a Agenda Brasil anunciada na última semana é um pacote ao gosto das classes dominantes. Obra de um arranjo conservador do governo, tribunais e o senado, onde brilham Renan Calheiros, o PMDB e a política da tesoura do ministro Joaquim Levy. Consumação de uma virada governista ainda mais à direita, que reza missa pra aquelas imagens e lembranças da infame década de 1990 evocadas na campanha eleitoral de 2014. Chantagem barata que recrutava “voto crítico” no “menos pior”.

A saída que vem de cima faz agenda pelo ajuste e corta mais fundo. Com terceirizações e precarização do trabalho, ataque ao sistema gratuito e universal da saúde pública, desvio de receitas para o sistema da dívida. O atropelo de territórios indígenas, quilombolas, bens naturais e normas ambientais para a exploração brutal das mineradoras, construtoras e o agronegócio.

Para consagrar, tramita no congresso por ação do governo o projeto da Lei Antiterrorista. Endurecimento jurídico-represssivo sobre as rebeldias que não são canalizadas pela ordem. Punição dos militantes e das lutas que criam resistência e escapam dos controles burocráticos do Estado.

Luta sem governo, patrões e pelegos. Organizar a resistência dos de baixo

CABDos últimos 05 anos emerge uma nova onda de lutas que marcam o caminho por onde é preciso avançar para que os oprimidos construam, por sua própria força, uma saída do cenário de ataques que se agravam. Ocupações por direito a moradia, greves radicalizadas pela base que se voltam contra as direções burocráticas, governistas e patronais dos sindicatos, lutas da juventude por educação e transporte coletivo de qualidade, resistência combativa de indígenas e quilombolas.

A violenta ofensiva da patronal e dos governos contra os de baixo exige a construção de uma alternativa que se gesta nos locais de trabalho, estudo e moradia, que crie resistência e acumule forças para derrubar o andar de cima. Urge a necessidade de superar definitivamente a derrota trágica e inapelável de uma formação política nascida diretamente das organizações operárias e populares que dirigiu uma estratégia obstinada a chegar à presidência, custe o que custar; que afirmou premissas teórico-ideológicas que formaram o credo de toda uma geração da esquerda brasileira e que ainda hoje forma paisagem, inclusive, para setores da burocracia radicalizada que se opõe aos governos do PT por esquerda. Chegar ao “poder” pela via eleitoral, simplificar esse problema pela direção dos aparelhos estatais e atribuir ao Estado o caráter de uma máquina que funciona ao gosto de seus pilotos de turno, que não está penetrado por relações sociais de poder e dominação, mecanismos internos de reprodução de dinâmicas burocráticas e oligárquicas. Uma concepção viciada que se manifesta nos mais diversos conflitos em curso, em métodos que fazem das lutas uma mera força de pressão que visa “persuadir” um possível eleitorado por via de discursos, palavras de ordem e da promoção de lideranças carismáticas ao passo que marginaliza o protagonismo e a organização de base.

A saída para a situação que vem se colocando aos trabalhadores não é uma saída pela eleição de novas direções mas, fundamentalmente, pela organização de base e ação direta popular. Processo que não é uniforme, requer paciência, firmeza, ação metódica, trabalho de base, por vezes silencioso. Distante do barulho que grita uma “alternativa” política que se relaciona com a promoção de lideranças “caudilhistas” que pretendem se alçar como intermediários, fiadores do protesto popular. O lastro ideológico bastardo do petismo é vasto e faz com que ainda se tenha preferência, por exemplo, em atos com carros de som ou os reiterados “encontros” formais onde futuros presidenciáveis possam se manifestar, onde correntes se “cheiram”, procuram “enquadrar” aquelas que julgam “centristas”, fazem chamados e exigências umas as outras, tiram fotos e retornam às suas casas a um piquete ou bloqueio que tranque os serviços, a produção ou a circulação em áreas estratégicas, que ocupe espaços públicos ou privados. O protagonismo do partido na promoção da figura de seu dirigente ainda se sobrepõem ao protagonismo coletivo da classe, na avaliação, nos riscos assumidos, nas vitórias e derrotas.

A superação do legado reformista, social-democrata, que deixou o PT na esquerda ainda requer muito empenho, inserção social e luta política e ideológica a ser travada, fundamentalmente desde as mobilizações em curso. Um período de ofensiva dos de cima e resistência dos baixo requer, antes de mais nada, fortalecer a organização e o protagonismo de base em cada local de trabalho, estudo e moradia que estamos vinculados, acionando a mais ampla solidariedade de classe às lutas em curso, para que os de baixo se afirmem enquanto os verdadeiros protagonistas da construção de uma saída que barre o ajuste e acumule forças para a construção de uma nova sociedade, socialista e libertária.

Porto Alegre, 19 de Agosto de 2015
Federação Anarquista Gaúcha (FAG), Organização integrada à Coordenação Anarquista Brasileira (CAB).

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Apoiar Dilma é Cinismo ou Síndrome de Estocolmo? É abjeto!

12 quarta-feira ago 2015

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Aparelhamento, Cooptação, Dilma, Governo, MST, PSOL, PT, Reforma Agrária, repressão

luta

 

Por Gilson Moura Henrique Junior

Enquanto são orquestrados os mais variados tipos de ataque aos trabalhadores, ao meio ambiente, indígenas, quilombolas, pescadores, negros, mulheres e LGBT, o mais recente sendo a famigerada Agenda Brasil, parte dos movimentos sociais e partidos seguem na síndrome de Estocolmo que permeia a esquerda partidária e movimentos ligados a ela em relação aos governos do PT.

Seja na Marcha das Margaridas, que em tese era uma marcha de luta por direitos da trabalhadora rural e virou movimento de apoio à Dilma, seja na fala de parlamentares outrora de oposição de esquerda, a síndrome de Estocolmo se manifesta como se fosse uma sanha, uma necessidade atávica de salvar o último mico leão dourado vivo da política da esquerda,e não como um tipo de ação que manifesta apenas aprisionamento à luta institucional na sua pior forma.

E tudo isso ocorre com agravamento atrás de agravamento das condições sociais, com a população puta dentro da roupa com aumento constante de custo de vida, degeneração das condições sociais, péssimos serviços públicos, perda de direitos, com indígenas e quilombolas tomando na cabeça com a omissão do governo,quando não rola apoio da FUNAI e da polícia federal à retirada de direitos destes.

Ou seja, enquanto o mundo explode a esquerda partidária e movimentos ligados a ela vendem ilusões e ligam o foda-se pro bom senso. Chamam você, eu e todos os trabalhadores e atingidos pelo governo, cuja ministra da agricultura é Katia Abreu, de completos imbecis; Esquerda e Movimentos como o MST chamam todos nós de cegos que não vêem que este governo, cujo ministro da fazenda é o Senhor Levy, é o governo “Popular” que “nos salvará da direita!”.

Deixe-me ver, então nós que não adulamos quem nos aprisiona, processa, persegue e planeja organizar legalmente a perseguição a todos os movimentos sociais por não ladearmos na defesa de nosso algoz com quem foi cooptado, aparelhado, domesticado é que somos míopes e cegos?

Será que faz sentido sem terras, pescadores, movimentos feministas apoiarem um governo que abraça flexibilização das leis ambientais, da CLT, dos marcos legais sobre direito indígena? Não, não faz, menos ainda em contraponto a um PSDB cujo programa foi posto em prática, pasmem, pelo governo Dilma.

Há diversas razões para lutarmos não a favor, mas contra o governo Dilma, pouquissima razão para defendê-lo, nenhuma na verdade, que não passe pela suspensão da descrença ou desejo feroz de ver no PT de hoje um PT morto há décadas e que antes de apodrecer abandonou bandeira a bandeira de luta cara a libertários, socialistas, anarquistas, autonomistas, lutadores enfim.

O PT de hoje é um partido da ordem, de centro-direita, seu governo é um governo da burguesia,do agronegócio, é governo de um partido cúmplice de remoções,assassinatos de indígenas,favelados, sócio do avanço do fundamentalismo evangélico alimentador de homo-lesbo-transfobia e misoginia. Defendê-lo como condição sinequanon da luta contra a direita é problema psiquiátrico ou ético grave.

Como bem escreve a Coordenação Anarquista Brasileira em seu Jornal Socialismo Libertário #30 – Julho/2015:

“O governo segue a receita da austeridade. Já sofremos nos estados e municípios com as políticas de ajuste fiscal e graves cortes sociais, como na saúde e na educação. Fazendo o povo pagar uma conta cara para o lucro dos investidores internacionais. Dentro desse pacote, a ampliação das terceirizações (PL 4330) e o ataque a direitos como o seguro-desemprego e a aposentadoria (MPs 664 e 665) fazem a classe trabalhadora virar carne barata no capitalismo de mercado. O Programa de Proteção ao Emprego criado pelo governo Dilma em medida provisória é um plano de socorro aos patrões que autoriza redução salarial de até 30%. É um retrocesso brutal feito com a chancela das burocracias da CUT e da Força Sindical. O acordo coletivo específico entre empresa e trabalhador, previsto na MP, abre precedente pra flexibilização dos direitos trabalhistas. Para as mulheres a situação é ainda pior. Em nossa sociedade patriarcal e opressora a terceirização e a precarização no mundo do trabalho sempre foram uma realidade, com salários mais baixos e desigualdade de direitos em relação aos homens.”

Tem de ter algum problema ou rabo preso pra defender esse governo como se fosse defesa da democracia, porque não é, é defesa da oligarquia agro-empreiteira contra os trabalhadores.

E se o MST, ou o movimento que for, usa lutador pra defendê-lo só demonstra com malignidade a putaria que é a cooptação de movimentos por estes governos e como isso é triste, abjeto e daninho para os lutadores em si.

Ah,tem milhões que apoiam? Triste docê e dos seus que permanecem mentindo ou criando clima de terror para essas pessoas defenderem quem os sacaneia.

MST e Marcha das Magaridas apoiam uma presidenta que assentou menos sem terra que Collor, Lula e FHC, que centra mais recursos nos agronegócio do que em relação a agricultura familiar e reforma agrária, faz sentido?

Não, não faz.

Mas há quem tenha a cara de pau, o cinismo, de usar os números das marchas para apoiar este governo assassino.

E isso é abjeto.

 

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A PARTIR DE AGORA – As jornadas de junho no Brasil

15 quarta-feira jul 2015

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A partir de agora - as jornadas de junho

Fonte: Adital

O Documentário “A partir de agora – as jornadas de junho no Brasil”, dirigido pelo diretor argentino Carlos Pronzato, desenvolve-se a partir de entrevistas de cinco ativistas de cinco capitais brasileiras, além de alguns manifestantes que abordam as manifestações ocorridas no Brasil a partir de junho de 2013.

O documentário mostra que os protestos populares deram resultado no país. As manifestações que iniciaram em março e abril de 2013, em Porto Alegre, Estado Rio Grande do Sul, conseguiram suspender o aumento da tarifa de ônibus na cidade. As manifestações que ocorreram em junho de mesmo ano nas capitais de São Paulo e Rio de Janeiro tiveram maior proporção, com pautas diferentes, e serviram de estopim para novos protestos pelo resto do Brasil.

O documentário foi lançado em fevereiro de 2014 e, além de relatar com maestria as manifestações ocorridas no Brasil, pode ser utilizado como material de debate a respeito do papel da participação popular nas decisões políticas e sociais do país.

Carlos Pronzato é um renomado cineasta, diretor de vários documentários, entre eles “Carlos Marighella- Quem samba fica, quem não samba vai embora” e ”Mães da praça de maio- memória, verdade e justiça”.

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Black Block (2011)

15 quarta-feira jul 2015

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(Itália, 2011, 77 min. – Direção: Carloo Bachschmidt)
Fonte: DocVerdade
Selecionado para o Festival de Veneza de 2011, o documentário Black Block é um conjunto de relatos de ativistas que foram espancados e torturados na Escola Diaz pela polícia em Gênova, durante o encontro do G8 em 2001.
O Filme mostra o que ocorre quando há interesse que o Estado Republicano seja temporariamente substituído pela repressão simples e pura. A ação inconstitucional da polícia italiana, serviria como um recado para os 300 mil manifestantes que ousaram enfrentar o poder dos 8 países mais poderosos do mundo. Mas o tiro saiu pela culatra. Diferentemente do que ocorre no Brasil, houve um julgamento sobre a ação policial que culminou na condenação de policiais e indenização milionária  para os ativistas. (docverdade)

Torrent

Legendas pt-br

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Intimidação e criminalização: pauta permanente do Estado brasileiro

01 quarta-feira jul 2015

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6 viaturas policiais e P2 mobilizados para um simples sarau de solidariedade: é a lógica do Estado brasileiro.

 

Fonte: FARJ

Na última sexta, 26/07 a campanha nacional pela libertação de Rafael Bragaorganizou um sarau na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro. O sarau tinha como objetivo fazer uma atividade cultural que marcasse o dia de sua prisão e também arrecadar fundos para sua família. O evento teve participação de diversos movimentos, organizações e coletivos, que foram até o centro do rio prestar solidariedade. Incrivelmente a polícia enviou para o sarau, seis camburões, uma viatura e membros da cavalaria, numa nítida tentativa de intimidar os presentes. Policiais infiltrados (P2) também tiravam fotos da militância presente e “acompanhavam” a atividade. Rafael não era militante, nem pertencia a nenhuma organização, mas foi preso por ser pobre e negro, portando uma garrafa de pinho sol. Não à toa, é o único já condenado, das jornadas de junho de 2013.

Isso só demonstra o caráter racista da polícia e do sistema judicial brasileiro A luta pela libertação de Rafael Braga é uma luta contra o racismo e a injustiça de classe desse sistema de dominação que os meios de comunicação tentam camuflar. A tentativa de intimidação faz parte de um campanha de criminalização do protesto e da pobreza, assim como da permanente lógica racista do Estado brasileiro. É essa lógica racista, que agora tenta não apenas criminalizar o protesto e a pobreza, mas reduzir a maioridade penal, para encarcerar jovens negros. Na véspera do sarau pela libertação de Rafael Braga, três militantes conseguiram habeas-corpus. O assédio policial e as mudanças na legislação tem como intenção provocar, cercear e intimidar todas/os aquelas/e que representem uma ameaça ao sistema de dominação capitalista (negros, pobres, revoltados/as).

Mão estendida ao companheiro, punho cerrado ao inimigo!
Liberdade para Rafael Braga!
Fim do processo dos 23!

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