Tags
23 presos, camila jourdan, estado repressor, jornadas de junho, manifestantes presos, presos, presos político, presos políticos, presos políticos internacionais, Rafael Braga, repressão, repressão internacional, repressão noBrasil, revolução, revolução social, Sininho
Fonte: Núcleo de Estudos do Poder
Por Wallace dos Santos de Moraes, Camila Rodrigues Jourdan e Andrey Cordeiro Ferreira
Apresentamos aqui um texto escrito em resposta ao texto de André SINGER, publicado com o título Rebellion in Brazil, na revista New Left Review (2014, vol.85, pp 19-37). O texto formula uma crítica do modo como as ciências sociais brasileiras em seus paradigmas hegemônicos tentam invisibilizar as ações de resistência e o significado da insurreição de 2013.
Comentando sobre os protestos na Turquia, Slavoj Zizek disse o seguinte:
“A luta pela interpretação dos protestos não é apenas ‘epistemológica’; a luta dos jornalistas e teóricos sobre o verdadeiro teor dos protestos é também uma luta ‘ontológica’, que diz respeito à coisa em si, que ocorre no centro dos próprios protestos. Há uma batalha acontecendo dentro dos protestos sobre o que eles próprios representam”(…).
Igualmente, no Brasil, há uma grande disputa entre as narrativas sobre o levante popular de 2013. Por razões ideológicas e político-eleitorais, diversos intelectuais participam de uma querela sobre os motivos da revolta de junho de 2013, bem como suas características. Buscaremos contrapor a análise de André Singer, publicada nessa revista, por omitir fatos fundamentais ocorridos entre 2013 e 2014 e, por consequência, induzir o leitor a uma interpretação equivocada dos acontecimentos. Podemos adiantar que a leitura de Singer buscou por todas as maneiras blindar a administração do Partido dos Trabalhadores (PT), perante a enorme insatisfação popular que explodiu no país no que estamos chamando de levante ou insurreição popular. O autor colabora para uma visão idílica do governo petista para fora do país, amparado em números que não encontram fundamento nas condições materiais de existência da classe e dos movimentos sociais e populares em geral.
Leia aqui o texto completo A insurreição invisível