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Anarquia ou Barbarie

~ A anarquia é a percepção ecológica da sociedade, é o entender a participação livre de cada membro da coletividade como fundamental para a existência, para o exercício da verdadeira cidadania que é viver na coletividade respeitando a diversidade. Anarquia é coletivamente sermos o poder, é todos nós decidirmos em conjunto, de forma horizontal o que fazermos em nossas vidas e em nossos bairros, cidades….

Anarquia ou Barbarie

Arquivos da Tag: perseguição internacional

OS ESTADOS EM NOME DA “SEGURANÇA” ESTÃO A VIOLAR AS LIBERDADES INDIVIDUAIS E COLECTIVAS

14 quinta-feira jan 2016

Posted by litatah in Coletivo Libertário Évora, europa, Internacional anarquista, Notícias, Entrevistas, Atos, Manifestos, Organizações Anarquistas, Perseguição política, Perseguição política a anarquistas, Presos políticos, Presos políticos Espanhóis/Repressão na Espanha, Rafael Braga, Refugiados, Repressão, Revolta Popular, Todo Apoio aos 23

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estado repressor, internacionais, internacional anarquista, perseguição internacional, repressão, repressão internacional, repressão na Europa, repressão política

Three policemen man-handle one political activist during a protest in Baku, Azerbaijan, 12 March 2011.

Fonte: Portal Anarquista

A pretexto do “terrorismo islâmico” os estados europeus estão a reforçar cada vez mais as medidas repressivas e punitivas, impedindo ou impondo severas restrições à liberdade de circulação, de concentração e de manifestação dos cidadãos. Tem sido assim em França com denúncias, cada vez mais alargadas a diversos sectores, de que as liberdades individuais e colectivas estão a ser constantemente postas em causa em nome de uma suposta segurança.

Também em Portugal isso tem acontecido, apesar do papel periférico do país no contexto dos grandes problemas internacionais. Ainda há poucos dias a guilhotina.infodenunciava o reforço policial e a identificação de cidadãos em pleno centro de Lisboa.

Ontem à noite o mesmo aconteceu em Madrid, outros dos países que está a ser transformado num verdadeiro Estado policial. Os madrilenos gostam de comemorar a “noche vieja”, a última noite do ano (de 30 para 31 de Dezembro). juntando-se na Plaza del Sol – onde se têm realizado centenas de manifestações e onde teve lugar a acampada resultante do 15M -, em família ou em grupos de amigos, de copo na mão e muita alegria.

Este ano, ao principio da noite, a Praça foi cercada pela polícia e quem ali estava empurrado para fora, após o que as forças policiais montaram barreiras de acesso, permitindo apenas a entrada nalguns locais, onde todos os que queriam aceder à Praça eram revistados e a quem podiam ser pedidos os documentos de identificação.

Com uma presença policial massiva, a incomodidade foi enorme. Alegadamente em nome da “segurança”. Mas a “segurança” ali montada, do mesmo género daquela que é feita à entrada dos campos de futebol, para além do seu exibicionismo, não conseguiria travar qualquer operação “terrorista” se algum grupo bem preparado a quisesse levar a cabo (aliás, a operação policial, que hoje se vai repetir, tinha sido anunciada na comunicação social).

Do que se trata não é de qualquer “operação de segurança”, mas de, ao arrepio das liberdades individuais e colectivas, os estados estarem-se a reforçar repressivamente, impondo cada vez mais a lei do “quero, posso e mando” em detrimento do respeito pelas conquistas de cidadania que nos devem permitir circular, concentrar e manifestar nas principais ruas das cidade europeias – hoje, “em nosso nome” e por “motivos de segurança” transformadas em verdadeiros baluartes repressivos, policiadas ao milímetro, com uma grande ostentação de viaturas policiais, homens e outros meios de intimidação.

Esta tem sido a grande tónica do ano que agora acaba e será também a do ano que começa. E contra ela teremos que juntar todas as nossas forças, não abdicando em momento nenhum dos nossos direitos de cidadania e de circulação.

 

 

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Espanha, Comunicado das pessoas detidas durante a operação Pandora II

13 sexta-feira nov 2015

Posted by litatah in Espanha, Internacional anarquista, Mártires da Luta, Operação Pandora II, Organizações Anarquistas, Perseguição política, Perseguição política a anarquistas, Presos Políticos, Presos políticos, Presos políticos Espanhóis/Repressão na Espanha, Repressão, Violência

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23 presos, manifestantes presos, perseguição, perseguição do estado, perseguição internacional, perseguição política, perseguição política a anarquistas, presos, presos político, presos políticos, presos políticos internacionais, prisão de anarquistas, prisão política

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Fonte: Diário de Vurgos

Na passada quarta-feira, dia 28, nove pessoas foram detidas no âmbito de uma nova operação de combate ao terrorismo orquestrada pelo aparelho de informações do Corpo de Mossos d’Esquadra, em conluio com o julgado número 3 da Audiência Nacional espanhola. Após o registro-saqueio de nossas casas, bem como do Ateneu Libertário de Sants, fomos levados para delegacias diferentes nos arredores de Barcelona, sendo entregues para a Guarda Civil durante a noite para nossa mudança para Madrid. Na sexta-feira ao meio-dia somos levados ante o juiz Juan Pablo Gonzalez Gonzalez, que decretou a libertação com acusações para dois de nós, a entrada na prisão, evitável com fiança, para seis, e a prisão incondicional para o companheiro que está atualmente preso em Soto del Real.

O conjunto de detidas que está atualmente na rua deseja tornar pública uma série de reflexões e posições políticas:

A acusação genérica para as nove é de “Pertencer a uma organização criminosa com objetivos terroristas”. Em especial nos imputam fazer parte do quadro “GAC-FAI-FRI”, que como é conhecido, é artificialmente construído pelos corpos de polícia, um conjunto de siglas que deliberadamente misturam espaços de coordenação entre os grupos (GAC), com a ‘assinatura’ de que a nível internacional alguns grupos usam para reivindicar ações de sabotagem. (FAI-FRI).

A construção da presente organização-marco traz à polícia todos os recursos repressivos fornecidos pelo dispositivo anti-terrorista: tribunais de exceção, maior incerteza jurídica, sanções muito mais duras para as companheiras se condenadas por ter cometido certas ações, detenção incomunicável, regimes especiais de penitenciária, relações de amizade/companheirismo conceituadas como criminosas, amplificação midiática, estigmatização social, etc. Basta dizer que durante todo o processo de detenção – a partir do momento em que vimos nossos lares invadidos e saqueados até sermos levadas perante o juiz – não fomos capazes de saber do que éramos acusadas.

Com a invenção do acrônimo FAI-GAC-FRI as forças de polícia tem projetado uma rede que potencialmente pode pegar tudo que se move no âmbito anarquista e antiautoritário. No contexto desta nova organização-marco, participar em sessões de debate, participar nas assembleias, visitar companheiras presas ou simplesmente para ter contato pessoal com alguém considerado membro da organização são elementos suficientes para ser incluído em sua lista negra. É este caráter difuso e extenso que dá força real para a estratégia de luta contra o terrorismo: após cada onda repressiva, aqueles que expressam solidariedade com as detidas serão também consideradas parte da organização e, portanto, presas e assim por diante. O conceito de organização terrorista destina-se a ser estendido indefinidamente, talvez com a perspectiva de que chegará um momento em que o ambiente considerado perigoso é finalmente isolado e sufocado pela dinâmica repressiva, ou que a incapacidade deste ambiente para continuar a agir politicamente é tão reduzida que não valerá a pena continuar a vencê-lo. O fato de que essa nova operação contradiz declarações próprias dos Mossos (alegando que a seção de Barcelona do GAC-FAI-FRI já foi desmantelada) não nos causa nenhuma surpresa, já que a organização terrorista é construída, modificada e ampliada pela própria ação policial e não o contrário. “A luta contra o terrorismo” cria o terrorismo, da mesma forma que a lei cria o delito.

A tentativa de garantir a existência de uma organização terrorista anarquista, portanto, é um salto qualitativo na estratégia repressiva contra as lutas, um salto que não deve passar despercebido por qualquer um e exige uma reflexão profunda no coração dos movimentos.

Apontamos para o Ministério do Interior do governo Catalão e especificamente para a Delegacia Geral de Informação do CME como diretamente responsáveis por esta última agressão repressiva. Tentar puxar as bolas para fora alegando que os Mossos limitam-se a seguir as ordens de Madrid é apenas uma tentativa covarde e mesquinha de fugir às suas responsabilidades e encobrir o seu envolvimento nos acontecimentos, tendo conduzido e projetado até o último detalhe a operação aprovada pela Audiência Nacional.

Neste sentido, ver como o governo Catalão entrega as jovens catalãs aos tribunais, prisões e órgãos repressivos de continuação do franquismo espanhol, oferece – em uma imagem muito clara, quais são as bases reais do chamado “processo soberanista”, mostrando a retórica de libertação perversa que o rodeia. A verdade é que há muito tempo que o governo identificou o âmbito anarquista e antiautoritário Catalão como um inimigo a vencer, e o processo Pandora não tem outro objetivo que se aproximar deste objetivo. Golpeia-se o anarquismo não por suas ideias em abstrato, mas pelo que foi, é e pode ser na prática: uma minoria de revolucionários que não hesitam em desafiar o sistema e seus fundamentos opressivos e corruptos, que incentivam as pessoas à sua volta a se rebelar, e se recusam a ser seduzidos pelos canais de integração política, que oferecem a democracia liberal capitalista.

Durante o último ciclo de lutas, alimentado pela crise financeira global e as políticas de austeridade que carregaram todo o fardo do ajustamento nas costas do explorado, se abriu na Catalunha um terreno de resposta no qual o papel dos revolucionários tem sido especialmente irritante para o projeto neoliberal do Governo. Com todos os nossos limites, erros e contradições, nos últimos anos temos lutado para parar os ataques sobre as condições de vida (em termos de trabalho, habitação, saúde, etc.) de todos; temos difundido uma análise estrutural da crise, o que mostra que o problema não é um ou outro aspecto do sistema, mas o próprio sistema; criamos espaços e redes para a resolução dos nossos problemas e necessidades através da solidariedade e apoio mútuo, estruturas autônomas no que diz respeito às instituições e a sua dinâmica assistencialista e de caridade; juntamente com milhares de pessoas, reforçamos as greves na cidade em defesa dos nossos interesses como trabalhadores; erguemos barricadas contra a destruição dos centros sociais dos bairros; tomamos as ruas para repudiar o feminicídio, para tornar visível a exploração das mulheres no campo da reprodução e a obra dos sacerdotes, a desobedecer as leis anti-aborto que se destinam a controlar nossos corpos e nossas vidas. Temos denunciado e rompido o silêncio em torno de violência e mortes policiais, em torno da perseguição racista, maquinaria de deportação, os CIE, prisões e, claro, nós não paramos de apontar e atacar os últimos responsáveis por nossa miséria, os governos, empresários e elites financeiras, locais e internacionais.

Isto é o que nós somos, isto é o que eles procuram destruir. O objetivo político dessas ondas repressivas não é outro senão a espalhar medo e desânimo para alguns movimentos sociais domesticados, relutantes em desobedecer e quebrar as regras do jogo impostas pelo poder para se autoperpetuar. Portanto, a repressão contra os comunistas, anarquistas, grevistas do 29M, originários de Can Vies, processados pela ação de Aturem e do Parlamento… O sistema não se destina a sentenciar a nossa culpa, mas provar sua inocência: quer absolver-se por meio de deslegitimar, isolar e neutralizar quem o acusa e mostra seu rosto.

A resposta solidária para nossas prisões mostra que nossos inimigos estão ainda longe de atingir os seus objetivos. Queremos agradecer e cumprimentar a cada uma das expressões de solidariedade expressas nos dias de hoje. Manifestações, concentrações, ações, gestos de cumplicidade e afeto, as contribuições econômicas,… o grande apoio recebido tem um valor inestimável para nós, um valor que supera de longe a bebida amarga, que a diminui até o ridículo. Não acreditamos em suas leis, ou na garantia que oferece: nossa única defesa, nossa única garantia é a resposta de apoio na rua. A massiva demonstração de apoio que deram-nos, e que anteriormente ofertamos para as nossas irmãs detidas em operações anteriores, evidencia o fracasso da estratégia de luta contra o terrorismo em isolar-nos, estendendo o medo.

Estamos agora na rua, mas apenas fugazmente. Uma parte de nós, Quique, permanece preso na prisão de Soto del Real. É por isso que a solidariedade não só não deve parar, mas deve ser multiplicada. Fazemos uma chamada para intensificar a luta na rua por sua libertação, para que cada um dos companheiros escreva pelo menos uma carta, e para apoiar vigorosamente todas as chamadas que são lançadas em seu apoio, bem como estar muito atento a qualquer solicitação ou informação que saia dos grupos que faz parte: Ação Llibertária Sants e a União de Sindicato de Ofícios Vários da CNT-AIT em Barcelona. Em nenhum caso vamos deixá-lo sozinho, nem a ele ou a Mónica, Francisco ou outros companheiros encarcerados. Nem detenções, processos ou prisões podem quebrar nossos laços de solidariedade ou compromisso político. Para nós, as sujas celas onde estamos hoje em dia sempre serão lugares mais dignos do que o luxuoso escritório daqueles que gerenciam a miséria de todos.

NEM UM PASSO ATRÁS!

A LUTA É O ÚNICO CAMINHO!

Detidas da última fase da operação Pandora que estão atualmente na rua

Tradução > Liberto

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[Bielorrússia] Ihar Alinevich, Mikalai Dziadok e Artsiom Prakapenko são libertados

16 quarta-feira set 2015

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Fonte: A.N.A.

Neste sábado, 22 de agosto, o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, decidiu indultar e libertar os 6 presos políticos no país. Isso inclui os anarquistas Ihar Alinevich, Mikalai Dziadok e Artsiom Prakapenko.

Eles eram considerados os últimos presos políticos na ex-república soviética, cujo governo é acusado com frequência de autoritarismo.

Lukashenko, no poder desde 1994, é considerado por muitos analistas e defensores dos direitos humanos um governante autoritário e pouco respeitoso das liberdades civis.

Mais infos: abc-belarus.org

agência de notícias anarquistas-ana

uma folha salta
o velho lago
pisca o olho

Alonso Alvare

 

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[Turquia] Campanha de solidariedade com uma presa trans

15 terça-feira set 2015

Posted by litatah in Agência de Notícias Anarquistas - A.N.A, Anarco Feminismo, Anarquia, Anti Capitalismo, Anti Homofobia, Anti Misoginia, Anti Transfobia, Comunicação Libertária, direitos, Direitos LGBT, Feminismo e Transfeminismo, Internacional anarquista, Mártires da Luta, Perseguição política, Perseguição política a anarquistas, Presos Políticos, Presos políticos, Repressão, Todo Apoio aos 23, Turquia, Violência

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turquia-campanha-de-solidariedad-1

Fonte: A.N.A.

Mulheres Anarquistas na Turquia fazem um chamado a uma campanha de cartas para uma mulher trans encarcerada em uma prisão de homens. A mulher, Esra Arıkan, está presa com guardas que a atacaram sexualmente repetidas vezes e poderia suicidar-se.

Esra está presa desde 2004 em uma prisão de homens na Turquia. Ela escreveu que o juiz condenou-a a prisão perpétua por um crime que não cometeu. Esra esteve em isolamento durante os últimos nove anos. Foi atacada sexualmente durante seu tempo na prisão. Agora, os funcionários de prisões trasladaram Esra à prisão onde os guardas a atacaram sexualmente em repetidas ocasiões.

Em uma carta em 2014 ao periódico anarquista Meydan, Esra explicava que recolheu de seu corpo o esperma de um guarda após um ataque. Depois fez uma denúncia contra o guarda. O tribunal deteve o guarda durante um ano – até que um juiz proferiu que o ataque foi “consentido”. Depois do ataque, Esra foi transladada a outra prisão. Agora, os funcionários voltaram a trasladá-la à prisão onde os guardas a atacaram.

“Esra está exigindo ser trasladada a uma prisão de mulheres”, disse Nergis Şen, membro do grupo Mulheres Anarquistas. Nergis esteve escrevendo com Esra. “Ela não pode fazer nada na prisão em que está. Devido a que é trans, não pode ir a seu encontro semanal no local de conversas. Não pode ir à biblioteca ou ao ginásio. Esra tem problemas de estômago devido ao stress e não está recebendo tratamento normal.”

“Ela está em uma situação difícil e não pode seguir adiante. Ela está pensando em se maltratar. Esra tentou suicidar-se anteriormente; só sobreviveu devido a uma cirurgia.”

Mulheres Anarquistas, grupos de direitos humanos e LGTBI começaram uma campanha de escritura de cartas a Esra. Seu endereço é:

Samsun E Tipi Kapalı Cezaevi
B-4 Koğuşu
Canik
Samsun
Turquia

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[Grécia] Duas palavras sobre o Fundo Solidário da União Sindical Libertária de Atenas

03 quinta-feira set 2015

Posted by litatah in Anarcosindicalismo, Anarquia, Fundo Solidário, Fundo Solidário da União Sindical Libertária (ESE) de Atenas, Grécia, Internacional anarquista, Mártires da Luta, Notícias, Entrevistas, Atos, Manifestos, Perseguição política, Perseguição política a anarquistas, Presos Políticos, Presos políticos, Rafael Braga, Repressão, Syntagma, Todo Apoio aos 23, Violência

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23 presos, anarcossindicalismo, anarquismo na grécia, Fundo Solidário da União Sindical Libertária (ESE) de Atenas, Fundo Solidário estável, grécia, Iniciativa Anarcossindicalista da Sérvia, manifestantes presos, perseguição, perseguição do estado, perseguição internacional, perseguição política, perseguição política a anarquistas, presos, presos político, presos políticos, presos políticos internacionais, Syntagma

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Fonte: A.N.A.

Publicamos a seguir o texto que nos foi enviado pela União Sindical Libertária (ESE) de Atenas sobre seu Fundo Solidário.

Há cinco anos está em funcionamento o Fundo Solidário da União Sindical Libertária (ESE) de Atenas. A ideia de criar um Fundo Solidário estável surgiu quando em 31 de outubro de 2009 arrecadamos em um concerto 1060 euros para os gastos judiciais dos 6 membros da ASI (Iniciativa Anarcossindicalista da Sérvia) detidos e processados naquela ocasião. Em 15 de maio de 2010 arrecadamos mais 561 euros. Este foi o ponto de partida para a criação do Fundo Solidário.

Trata-se de um fundo utilizado para apoiar única e exclusivamente pessoas físicas, ou seja, trabalhadores, desempregados e imigrantes que se encontram em situação de necessidade por terem sido despedidos, por estarem desempregados, por estarem enfermos ou terem sofrido um acidente ou por qualquer outro motivo de caráter social. Também utiliza-se para apoiar trabalhadores em greve ou em luta, como uma forma de apoiar suas mobilizações. As ajudas solidárias que normalmente se oferecem são de 200 euros. Não se faz colaborações a coletivos que encontram-se em luta (por exemplo, para gastos de propaganda). Este tipo de solidariedade é coberta pelos fundos regulares da ESE.

O Fundo Solidário é abastecido pelas contribuições sistemáticas realizadas por seus amigos e colaboradores, assim como das quotas pagas pelos membros da ESE Atenas e do dinheiro arrecadado com a edição da Agenda dos Trabalhadores da ESE e com diferentes atos realizados durante o ano.

As colaborações solidárias são realizadas após debater cada caso particular proposto na Assembleia Geral da ESE Atenas.

Desde maio de 2010 até 31 de julho de 2015 concedemos apoio que totalizaram 7952 euros. Entre as colaborações realizadas, cabe destacar as feitas a trabalhadores que se encontravam em luta ou em greve e as feitas em apoio a companheiros trabalhadores e imigrantes em resposta a um chamado público de solidariedade. Mencionamos os seguintes casos:

– para os trabalhadores em greve das confeitarias BLE em Tessalônica;

– para os trabalhadores em greve dos Altos Fornos da Grécia em Asprópirgos;

– para os trabalhadores em greve da PHONEMARKETING;

– para os trabalhadores da fábrica autogestionada VIO.ME. em Tessalônica;

– para apoiar os fundos grevistas do sindicato de trabalhadores do ensino médio (ELME) da zona ocidental de Atenas (Peristeri);

– para o companheiro Panos Bijos, que nos abandonou recentemente, em sua luta contra o câncer;

– para o Comitê de Solidariedade com os Presos Políticos da Turquia e do Kurdistão em apoio à companheira Eminé, refugiada política da Turquia que esteve vários meses nos cárceres da Grécia;

– para Gabriel A., golpeado em um olho durante a manifestação antifascista de Keratsini em setembro de 2013;

– para as trabalhadoras da limpeza do Ministério da Economia despedidas;

– para a Associação Sindical de Trabalhadores em Livrarias, Papelarias e Editoras do Governo Provincial de Ática (Atenas-Grécia) para os gastos judiciais da companheira despedida da livraria “Eurípides” em Jalandri;

– para os refugiados sírios;

– para os gastos judiciais da trabalhadora despedida do Café Musical de Nea Smyrni;

– para a Associação Sindical de Trabalhadores em Livrarias, Papelarias e Editoras do Governo Provincial de Ática (Atenas-Grécia) para os gastos judiciais dos detidos durante a greve do setor do livro que foi atacada pela polícia às portas da livraria IANOS;

– para os gastos judiciais da companheira despedida da ONG NOSTOS;

– para uma companheira despedida no setor da hotelaria;

– para o apoio econômico dos centros sociais que acolhem refugiados sírios em dois bairros de Atenas;

– como colaboração com os gastos de envio da roupa recolhida no Centro Social Aftonomo Steki para os refugiados do campo de internamento de imigrantes de Leros;

– para o imigrante egípcio Wallid que foi maltratado por seu empresário em Salamina;

– para o Fundo de Solidariedade com os Presos Políticos.

Também realizaram-se muitas outras contribuições econômicas que não foram divulgadas a trabalhadores e imigrantes, todas elas depois de serem propostos e discutidos os respectivos casos na assembleia da ESE Atenas.

Além do Fundo Solidário, ESE arrecadou dinheiro para a luta das trabalhadoras de limpeza, despedidas do Ministério da Economia. Venderam-se cupons emitidos pela coordenadoria de demitidas e assim arrecadaram-se 1783 euros.

Recentemente, ESE Atenas decidiu em assembleia prolongar o funcionamento do Fundo Solidário, fazendo um chamado para que os membros da ESE de outras localidades da Grécia e qualquer outro companheiro trabalhador interessado possa tornar-se sócio do fundo.

Como nem todos tem as mesmas possibilidades (há pessoas desempregadas, outras que trabalham em jornada parcial e outras que são estudantes), decidimos que há três cotas para os sócios do fundo: 15 euros, 30 euros e 60 euros. Cada um pode colaborar segundo suas possibilidades. Além disso, as colaborações podem ser realizadas em 2 ou 3 prazos. Em qualquer caso, entrega-se um recibo.

Convidamos todos os companheiros a contribuir para dar uma maior extensão e eficácia a nosso fundo. Ajudemos na medida do possível a arrecadar dinheiro, com a filiação de novos sócios, com atos públicos, com a distribuição de nossa agenda ou de qualquer outra forma. Esforcemo-nos para que todos e cada um de nós se envolva o quanto possível na tomada de decisões, com propostas para a distribuição das ajudas econômicas, para atos, etc. Nossa intenção é que haja assembleias abertas da ESE específicas para discutir tudo relativamente ao Fundo Solidário.

Somos conscientes de que as necessidades de solidariedade e apoio mútuo são muito grandes e aumentam continuamente. Somos conscientes também de que nosso fundo não pode cobrir todas estas necessidades e de que nosso apoio tem um caráter meramente simbólico. Mas apesar de todas as dificuldades, estamos decididos a continuar levando esta desigual batalha, ao mesmo tempo que as batalhas que levamos a cada dia nas diferentes frentes da luta de classes. Convidamos a todos os coletivos do movimento dos trabalhadores e social a que criem fundos solidários similares.

Apoie o Fundo Solidário da ESE Atenas. Tornando-se sócio do Fundo Solidário. Para isso podes entrar em contato com qualquer membro da ESE. Podes realizar tua colaboração ao Fundo Solidário também através da seguinte conta bancária:

Piraeus Bank

Número de conta: 5087-070937-715

IBAN: GR86 0172 0870 0050 8707 0937 715, BIC: PIRBGRAA

União Sindical Libertária de Atenas (ESE – Grécia)

Tel: 00306941507846

E-mail: ese-ath@espiv.net

O texto em inglês:

http://verba-volant.info/en/some-words-about-the-solidarity-fund-of-the-libertarian-syndicalist-union-of-athens/

O texto em castelhano:

http://verba-volant.info/es/dos-palabras-sobre-el-fondo-solidario-de-la-union-sindical-libertaria-de-atenas/

Tradução > Sol de Abril

agência de notícias anarquistas-ana

A folha se vai
embarca em qualquer som
rio abaixo.

Masatoshi Shiraishi

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Black Block (2011)

15 quarta-feira jul 2015

Posted by litatah in #contratarifa, Aborto, Análise de Conjuntura, Partidos, Institucionalidade,, Anti Capitalismo, Anti Civilização, Anti Consumismo, Anti Fascismo, Anti Homofobia, Anti Machismo, Anti Misoginia, Anti Transfobia, Antirracismo, Aparelhos de reprodução ideológica, Aquecimento global - Mudanças climáticas, Bandeiras de Luta, Black Block, Black Block (2011), Código Aberto/Open Acess, Comunicação, Comunicação Libertária, Copyleft, Decrescimento, Democratização da comunicação, Ditadura, Ecofeminismo, Educação Libertária, Feminismo e Transfeminismo, Feminismo intersecional, Gênova, Gentrificação, Greve, Guerra às Drogas, História, Internacional anarquista, Libertação animal, Manifestações, Mártires da Luta, Mobilidade Urbana, Organização de base, Organizações Anarquistas, Periferias e Favelas, Perseguição política, Perseguição política a anarquistas, Prática, Presos Políticos, Presos políticos, Publicidade, Questão racial, Racismo, Racismo ambiental, Rafael Braga, Repressão, Seattle, Software Livre, Todo Apoio aos 23, Vídeos, Veganismo, Violência

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(Itália, 2011, 77 min. – Direção: Carloo Bachschmidt)
Fonte: DocVerdade
Selecionado para o Festival de Veneza de 2011, o documentário Black Block é um conjunto de relatos de ativistas que foram espancados e torturados na Escola Diaz pela polícia em Gênova, durante o encontro do G8 em 2001.
O Filme mostra o que ocorre quando há interesse que o Estado Republicano seja temporariamente substituído pela repressão simples e pura. A ação inconstitucional da polícia italiana, serviria como um recado para os 300 mil manifestantes que ousaram enfrentar o poder dos 8 países mais poderosos do mundo. Mas o tiro saiu pela culatra. Diferentemente do que ocorre no Brasil, houve um julgamento sobre a ação policial que culminou na condenação de policiais e indenização milionária  para os ativistas. (docverdade)

Torrent

Legendas pt-br

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Intimidação e criminalização: pauta permanente do Estado brasileiro

01 quarta-feira jul 2015

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6 viaturas policiais e P2 mobilizados para um simples sarau de solidariedade: é a lógica do Estado brasileiro.

 

Fonte: FARJ

Na última sexta, 26/07 a campanha nacional pela libertação de Rafael Bragaorganizou um sarau na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro. O sarau tinha como objetivo fazer uma atividade cultural que marcasse o dia de sua prisão e também arrecadar fundos para sua família. O evento teve participação de diversos movimentos, organizações e coletivos, que foram até o centro do rio prestar solidariedade. Incrivelmente a polícia enviou para o sarau, seis camburões, uma viatura e membros da cavalaria, numa nítida tentativa de intimidar os presentes. Policiais infiltrados (P2) também tiravam fotos da militância presente e “acompanhavam” a atividade. Rafael não era militante, nem pertencia a nenhuma organização, mas foi preso por ser pobre e negro, portando uma garrafa de pinho sol. Não à toa, é o único já condenado, das jornadas de junho de 2013.

Isso só demonstra o caráter racista da polícia e do sistema judicial brasileiro A luta pela libertação de Rafael Braga é uma luta contra o racismo e a injustiça de classe desse sistema de dominação que os meios de comunicação tentam camuflar. A tentativa de intimidação faz parte de um campanha de criminalização do protesto e da pobreza, assim como da permanente lógica racista do Estado brasileiro. É essa lógica racista, que agora tenta não apenas criminalizar o protesto e a pobreza, mas reduzir a maioridade penal, para encarcerar jovens negros. Na véspera do sarau pela libertação de Rafael Braga, três militantes conseguiram habeas-corpus. O assédio policial e as mudanças na legislação tem como intenção provocar, cercear e intimidar todas/os aquelas/e que representem uma ameaça ao sistema de dominação capitalista (negros, pobres, revoltados/as).

Mão estendida ao companheiro, punho cerrado ao inimigo!
Liberdade para Rafael Braga!
Fim do processo dos 23!

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[República Tcheca] Carta de Petr S., um dos detidos na Operação Fênix

09 terça-feira jun 2015

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23 presos, manifestantes presos, Operação Fenix, Operação Pandora, perseguição internacional, presos, presos político, presos políticos

republica-tcheca-carta-de-petr-s-1Fonte: A.N.A –  Agência de Notícias Anarquistas

Queridos amigos,

Obrigado a todos por todo o seu apoio e solidariedade. Isso significa muito para mim, especialmente nesta situação. Eu sempre considerei minha vida como uma mera fração de toda a vida na Terra. Isso não mudou. Mesmo quando não estava detido, o pensamento daqueles aos quais tiraram a liberdade, não apenas atrás das grades, sempre me fez sentir que eu mesmo não sou livre. Minha caminhada nesta vida sempre foi uma caminhada rumo à igualdade e uma sociedade verdadeiramente livre para todos. Suas palavras de carinho asseguram-me de que nunca vou estar sozinho nesta caminhada.

Com gratidão e saudações fraternas,

Petr.

antifenix.noblogs.org

Conteúdo relacionado:

http://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2015/06/05/republica-tcheca-projeto-antifenix-um-chamado-a-solidariedade/

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[Reino Unido] Brighton: Crônica da manifestação em solidariedade com os presos no estado espanhol

31 domingo maio 2015

Posted by litatah in #desarquivandobr, AIT, Anarco Punk, Anarcosindicalismo, Anarquia, Anti Capitalismo, Anti Consumismo, Anti Fascismo, Antirracismo, CNT-FAI, Comunicação Libertária, Ditadura, Ditadura Franquista, Experiências anarquistas, Fascismo, Internacional anarquista, Mártires da Luta, Perseguição política, Perseguição política a anarquistas, Prática, Presos Políticos, Presos políticos, Repressão, Violência

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23 presos, anarquia, anarquia e ordem, anarquia na Espanha, anarquia no reino unido, estado repressor, manifestantes presos, perseguição, perseguição do estado, perseguição internacional, perseguição política, perseguição política a anarquistas, presos, presos político, presos políticos, repressão na espanha

reino-unido-brighton-cronica-da-1

Fonte: ANA – Agência de Notícias Anarquistas

No domingo, 12 de abril, aproximadamente 40 pessoas participaram de um protesto contra a repressão na Espanha. A manifestação aconteceu em resposta a recente “Operação Piñata”, onde houve uma enorme (e barulhenta) incursão policial contra o movimento anarquista na Espanha. No momento, cinco pessoas permanecem detidas em regime de isolamento.

Desde as 18 horas, as pessoas foram chegando à praça central da Clock Tower. Com faixas e distribuindo folhetos, os manifestantes explicaram a quem passava por ali a situação repressiva na Espanha e o caso específico dos nossos companheiros. Também foram ecoados gritos contra a repressão e contra a polícia e as prisões (alguns em espanhol).

Meia hora após o início da concentração, os ativistas decidiram bloquear o tráfego por alguns minutos, caminhando até a Churchill Square. Lá, foi lido um comunicado em frente do Banco Santander e da O2 (Telefônica), duas das principais multinacionais espanholas. O grupo, então, voltou para a Clock Tower, onde terminou a ação.

A concentração contou com um número significativo de imigrantes do estado espanhol residente em Brighton e de companheiros de vários movimentos sociais da cidade. Grupos como Brighton-SolFed, Brighton Antifascists, Brighton Anarchist Black Cross e o Cowley Clube mostraram sua solidariedade.

Esta ação foi organizada por um grupo de ativistas preocupados com a situação na Espanha. Enquanto as condições de vida estão piorando, a classe dominante do país responde com a criminalização dos movimentos sociais e dos que lutam.

Agora, a solidariedade internacional é especialmente importante. Temos de mostrar que não temos medo, que estamos alertas e que nossos companheiros não estão sozinhos. A solidariedade continua.

Espanha cheira a Estado Policial!

Liberdade presos anarquistas!

Conteúdo relacionado:

http://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2015/04/02/alemanha-berlim-solidariedade-com-detidos-na-operacao-pinata/

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Anarquistas e a Perseguição Internacional

19 quinta-feira mar 2015

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anarquia, anarquistas, anti-fascimo, anticapitalismo, Internacionalismo, perseguição, perseguição internacional

Imagem retirada de http://autogestao.org/ditadura-kapital-perseguicao-politica-anarquistas-rio-de-janeiro/

Imagem retirada de http://autogestao.org/ditadura-kapital-perseguicao-politica-anarquistas-rio-de-janeiro/

Por Gilson Moura Henrique Junior

A perseguição internacional a anarquistas neste início de século XXI remete à perseguição a anarquistas no início do século XX num exercício superficial de comparação histórica, mas vai mais longe que isso e tem relação profunda com novos quadros conjunturais que incluem a presença de partidos considerados de esquerda e centro esquerda no poder.

Seja na Turquia, na Espanha, no Chile, no Brasil ou em tantos outros lugares no mundo, a perseguição a anarquistas e autonomistas ocorrem de forma a não deixar dúvidas que o estado implementa uma ação consciente para não permitir nenhum tipo de resistência que não seja a consentida.

Toda luta institucional se mantém controlada dentro das regras do estado de direito e da lógica republicana, mesmo com parte dela sendo travada nas ruas, e neste aspecto mantém-se como parte da própria organização política da burguesia, que exerce sua ação dentro do arcabouço das regras da burguesia, dentro do conceito hierárquico e altamente centralizado que é também a lógica de organização estatal.

A luta sindical, as organizações sociais contestatórias, ONGs e até movimentos como o MST e MTST acabam reproduzindo em seu interior a mesma lógica da luta institucional, especialmente sindicatos, que acabam sendo parte da institucionalidade ao lidarem sempre com a mediação do e para com o estado na busca de resolução de seus objetivos e metas táticas ou estratégicas. Neste sentido qualquer luta que saia do âmbito da organização estatal ou para estatal é combatida pelo estado.

Fora deste conjunto de relações com o estado e para estado, lutas inclusive, toda força que não esteja organizada segundo os parâmetros hierárquicos do estado é entendida como alienígena e passível de repressão e exclusão custe o que custar.

Sintomático também é a conduta dos partidos da esquerda socialista na relação com estas perseguições e prisões. Quando não são eles os verdugos e os gendarmes da burguesia, são omissos na relação e na denúncia da suspensão dos direitos políticos e dos direitos humanos para com os militantes anarquistas e autonomistas prisioneiros e processados pelo estado por resistir ao avanço do capitalismo e da repressão.

Seja a militância vegana do Chile, sejam os 23 presos e processados por resistirem à gentrificação do Rio de Janeiro, sejam os anarquistas espanhóis processados pela operação Pandora ou os ambientalistas turcos perseguidos por Erdogan, e nem menciono os curdos que sofrem ataques da Turquia ou do ISIS apoiado pela mesma Turquia de foram “oculta” e “fantasma”, todos fazem parte de um tipo de resistência que busca a horizontalidade e a retirada de suas ações do âmbito da institucionalidade, e todos são perseguidos de forma brutal pelo sistema.

Não é possível que ações como essas, que compõe um cenário internacional de forte questionamento populacional à luta institucional, não teçam uma teia de coordenação de repressão a tudo o que foge da luta institucional.

O caso do Brasil e do Chile são mais graves ainda dado que parte dos comandantes da repressão, sejam os governos federais ou os dos estados, são do Partido dos Trabalhadores, outrora partido socialista e que tinha em seu programa a superação do capital e boa parte dos seus quadros são ex-perseguidos pela ditadura militar que durou de 1964 a 1985, ou, no caso do Chile, de uma consertación de centro-esquerda onda a presidente Michelet foi vítima de perseguição política por Pinochet.

Estes elementos deixam claro que a ação do estado não é isolada e busca centrar o combate pelas forças repressivas às organizações e forças que não atuam no teatro de operações do estado, na institucionalidade burguesa.

É preciso assim que estejamos atentos e fortes para a perseguição política em curso, dado que esta conta com a omissão e cumplicidade da esquerda partidária e que tendem a reforçar o avanço conservador.

Em um cenário de profundo retrocesso, esta perseguição tem poder para desarticular as lutas políticas pra fora da institucionalidade e com isso destruir mais do que a luta de anarquistas e autonomistas, mas todas elas e mais, permitir que as forças da reação assumam mais do que ameaçam hoje.

Esse tipo de ataque mundial às lutas “sem líder” são sintomas de uma profunda ofensiva do aparato estatal e do capital contra qualquer tipo de horizontalidade e democracia real. E é sintomático o silêncio da esquerda partidária sobre estas ações do aparato estatal na direção de anarquistas e autonomistas, quando não é cúmplice o silêncio.

A turba anti-partido e que busca ações por fora da institucionalidade é um profundo corte na construção estratégica da luta institucional e aponta para a construção de organizações independentes e horizontais nas periferias, nas ocupações, que independem de lideranças e de mediações com o estado e o confrontam com a autonomia e autogestão como forma de libertação e de combate ao estado.

Esse corte metodológico é adversário da centralização e do centralismo hierárquico das organizações partidária, sindicais e da maioria dos movimentos sociais que vivem na órbita da esquerda partidária.

Sendo adversário da centralização e do centralismo hierárquico da esquerda partidária, o corte metodológico anarquista e autonomista é um inimigo da busca de popularização de programas de conciliação de classe em andamento pela esquerda partidária, cujo desejo de rompimento e transformação para na ameaça de perda de espaço eleitoral e de controle sobre a massa populacional que chamam de povo e que buscam liderar de forma vertical e autoritária.

Filhos da cultura hierárquica de fábrica os partidos, sindicatos e movimentos acabam por serem simulacros da organização estatal e reprodutores de sua cultura de domínio vertical e autoritário da população. Qualquer ameaça ao eixo de sua ação política e seu próprio cerne organizativo é tratado como um inimigo pior que o próprio capitalismo.

E é por isso que precisamos de um senso de urgência que arme cada coletivo, cada organização horizontal, cada frente de lutas de antídotos e de proteção contra estados, partidos, sindicatos e movimentos que são cúmplice da repressão mundial a anarquistas e autonomistas. Ao mesmo tempo em que precisamos entender que isso também é um sintoma do crescimento da repulsa ao estado no seio da população.

Por isso precisamos nos proteger e avançar, buscando criar a cada coletivo, em cada rua, bairro e cidade meios de construirmos conselhos, coletivos e organizações libertárias que confrontem mais e mais a hierarquização estatal e sua reprodução que nos reprime.

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